Estava eu este fim-de-semana, "só e abandonado", entregue aos meus pensamentos e a coçar o saco, sem nada de útil para fazer, quando olhei de relance para a minha bruta colecção pessoal de DVD's, VCD's, DivX's e afins e pensei cá p'ra mim
"Exocet, meu velho... e que tal uma sessão caseira de cinema?". Dito e feito: 5 kgs de pipocas fresquinhas, 1 litro de laranjada (
made in ECM, claro, daquela que, quando arrotamos, até parece que nos estão a tirar o cérebro pelo nariz, como faziam os antigos Egípcios, eheheheheh).
Contudo, ainda faltava o mais custoso de todo este processo: a escolha da fita. Caralho!, é que não é brincadeira nenhuma. Um turbilhão de títulos desfilava diante dos meus olhos, e eu já desesperava, quando uma palavra saltou e na minha cabeça fez-se silêncio...
"Scarface".
Ora bem, nada como um bom filme de gangsters, especialmente se forem maus como as cobras. Há já muito tempo que o tinha visto pela última vez... e apesar de ter à disposição títulos que ainda fumegavam, quais piços acabados de desempenhar a sua imitação de pistões em cona empapada, ou pãezinhos acabados de sair do forno dos lançamentos, optei por este clássico.
"Scarface" é daqueles filmes como se fazem poucos; de facto, julgo que deverá deter o recorde para o número de vezes em que palavra
"fuck" (traduzida de forma muito pudica para
"merda"; oh caralho! qu'esta merda?) é dita durante uma longa-metragem (218 vezes). Potente e duro, faz-nos ver que, afinal, a merda do "sonho americano" é uma realidade... mesmo que de uma forma distorcida como o caralho. Sim, porque já lá vai o tempo do emigrante parolo, vindo lá das Irlandas ou da Polónia, a desfazer-se em lágrimas assim que via, ao longe, a puta da "Lady Liberty", e que, mal põe o pé fora de Ellis Island, almeja logo apanhar ouro à pàzada pelas ruas.Nos States, nunca ninguém singrou na vida a andar pela Honesty Street; como em tudo, só os maiores pulhas é que conseguem algo de útil e benéfico.
Por isso, berlins do caralho e queridas putéfias, se ainda não o viram, ou se, como era o meu caso, já lá vai muito tempo desde a última vez que fizeram um intervalo nas fodas para ver um filme de jeito, aconselho a que percam o amor aos 20 euros ganhos numa qualquer queca de esquina, ou então que corram ao videoclube da esquina (não, caralho! eu disse videoclube, e não puta da esquina... seus badalhocos, só pensam nisso...). Ah! e, de caminho, se me quiserem oferecer a versão de 1932,
"Scarface, the Shame of the Nation", isso também é uma boa ideia; acho que é o mínimo que podem fazer para agradecer todas as minhas boas acções e conselhos em prol da vossa edificação.
Além de bom cinema, para as gajas é uma boa oportunidade de coçarem o grelo à conta das fuças do Al Pacino... e para os cavalheiros, podem alegrar a vista com o coxame da Michelle Pfeiffer ou o ar ainda pueril da Mary Elizabeth Mastrantonio (na altura, já devias estar bem oleada, já...). Além disso, temos violência e sangue na dose certa para umas horas bem passadas, nada dessas porras modernas que as pitas e os rabetas andam a sacar da Net, dando assim prejuízo às salas e às produtoras de cinema (meus amiguinhos, o download ilegal de filmes é crime... vão antes comprar uma
"Gina" ou uma
"Tânia" e partilhá-la com os vossos colegas).
E pronto. Divirtam-se, que eu também vou fazer por isso.
Portem-se bem, caralho, e usem sempre preservativo... menos para mijar, claro...
Exocet